quinta-feira, 7 de maio de 2015

Júri condena idoso a 14 anos de prisão em regime fechado

Crime aconteceu em junho de 2013; vítima foi morta com uma cadeira de metal

413h19 (atualizado às 21h30)

Acusado pelo Ministério Público de matar o pedreiro Antonio Aparecido Lopes, 62, mais conhecido como Gabiru, Adão Inácio Simão, 69, foi julgado na manhã de ontem, 6, no fórum de Piraju. O júri durou mais de cinco horas. Condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, Adão retornou ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César.

O assassinato ocorreu na madrugada do dia 8 de junho de 2013. Segundo informações, a vítima estava na casa de Antonio quando tudo aconteceu. O MP apurou que, no dia do ocorrido, Antonio e Adão estavam consumindo bebida alcoólica na residência do acusado. “Em dado momento, a vítima pegou o dinheiro da carteira do denunciado e lhe avisou que iria comprar mais cachaça para continuarem bebendo, tendo saído rapidamente do local. Acontece que o denunciado não gostou da atitude da vítima”, relata a Justiça com base no inquérito da Polícia Civil.

Antonio foi agredido violentamente por Adão, que estava munido de uma cadeira de metal. Os golpes atingiram a cabeça, braços, mãos e tórax do idoso. “[...] o denunciado entrou na sua casa e adormeceu, tendo deixado a vítima prostrada no chão, no quintal de sua residência”, diz o MP.

Em concordância com o inquérito policial, o Ministério Público entende que Adão assumiu o risco de matar, uma vez que os golpes atingiram a cabeça da vítima. O inquérito constatou que as motivações do crime foram fúteis.

Adão foi preso horas depois do crime. No interrogatório conduzido pela Polícia Civil, ele negou as acusações. O indiciado disse que “interpelou a vítima a devolver o dinheiro, oportunidade em que esta sacou de uma faca dizendo que não havia pegado o dinheiro. Nesse momento, pegou uma cadeira e atirou contra a cabeça da vítima quando esta caiu e tentou levantar-se e pegar a faca”. Adão ainda disse que, “se não tivesse dado a cadeirada, teria morrido nas mãos da vítima”.

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